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Doenças Sexualmente Transmitidas



OBJETIVO:
Medir a prevalência de sintomas de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e seus fatores de risco em uma população adulta.
MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional. A amostra foi constituída de adultos com 20 anos ou mais de idade, da zona urbana de Pelotas, RS. Utilizou-se questionário auto-aplicado para obtenção de informações de comportamento sexual e de sintomatologia para DST. A análise ajustada foi realizada por regressão logística.
RESULTADOS: A prevalência de sintomas de DST foi de 13,5%. Pessoas do sexo feminino, mais jovens e cor não branca, bem como aquelas que não usaram preservativo na última relação sexual e que tiveram maior número de parceiros apresentaram maior risco para DST. Após estratificar por sexo, idade precoce de iniciação sexual e prática de sexo anal, as DST mostraram-se associadas com o desfecho apenas para os homens, e a menor escolaridade mostrou-se associada com o desfecho apenas para as mulheres.


INTRODUÇÃO
As doenças sexualmente transmissíveis  são doenças causadas por vírus, bactérias ou outros micróbios que se transmitem, principalmente, através das relações sexuais sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.



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As doenças sexualmente transmissíveis  estão entre as cinco principais causas de procura por serviço de saúde16 e podem provocar sérias complicações, tais como infertilidade, abortamento espontâneo, malformações congênitas e até a morte, se não tratadas.4,10 Além disso, aumentam a chance, em pelo menos dez vezes, de contaminação pelo HIV.11 São doenças de difícil detecção, uma vez que acarretam poucos sintomas visíveis e, muitas vezes, apresentam-se de forma assintomática. O problema é agravado pela grande quantidade de indivíduos que se automedica com tratamentos inadequados, resultando em aumento da resistência antimicrobiana e podendo levar a quadros subclínicos que os mantêm transmissores.9 Outro aspecto relacionado à alta prevalência das DST é que freqüentemente as orientações dadas aos pacientes não contemplam atitudes capazes de prevenir a reincidência da doença e o tratamento dos parceiros.
O acometimento principalmente de adultos em idade reprodutiva, com disseminação entre parceiros, e a possibilidade de transmissão vertical contrastam com um tratamento fácil e de baixo custo. Poucas referências de base populacional sobre DST foram identificadas. A maioria dos estudos encontrados se concentram em grupos de alto risco, como trabalhadores do sexo, e/ou em clínicas especializadas em DST.2,15 Nos países em desenvolvimento, o grande percentual de jovens, o rápido aumento da urbanização e o baixo status da mulher são alguns dos fatores contribuintes para o crescimento dessas doenças.16 Em adolescentes escolares da cidade de Pelotas, a prevalência referida de doença transmitida pela relação sexual, nos 30 dias anteriores à entrevista, foi de 2% para os meninos e de 5% para as meninas.3 Os jovens de ambos os sexos apresentam comportamento de maior risco para DST, sendo a faixa etária dos 15 aos 24 anos aquela com as mais altas taxas de infecção na maioria dos países.
No que se refere a comportamento sexual, homens que começaram a vida sexual com 13 anos ou menos tiveram quase sete vezes mais chance de desenvolver sintomas de DST do que aqueles que se iniciaram sexualmente com 20 anos ou mais. Para eles, os sintomas de DST foram inversamente associados à idade da primeira relação sexual, enquanto que, para as mulheres, não se obteve tal associação. Ambos os sexos apresentaram uma chance maior do que 1,6 para o desfecho comparando quem não usou preservativo na última relação com aqueles que usaram. Os homens que praticaram sexo anal apresentaram três vezes mais chance de ter sintomas de DST do que aqueles que não praticaram, mas para as mulheres não se observou tal associação com o desfecho. O número de parceiros nos últimos três meses teve associação linear direta com sintomas de DST em ambos os sexos. Porém, em mulheres, mais de um parceiro mostrou uma razão de odds de 4,2; enquanto em homens, mais de dois parceiros apontou uma razão de odds de 2,3.
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As Doenças Sexualmente Transmissíveis, como gonorreia ou AIDS, podem surgir quando se tem relações sexuais sem camisinha, seja através do contato íntimo vaginal, anal ou oral. Porém, as chances de contágio aumentam quando se tem vários parceiros no mesmo período de tempo, e estas doenças afetam igualmente homens e mulheres de todas as idades. Geralmente, estas infecções causam sintomas que afetam os órgãos genitais, como dor, vermelhidão, pequenas feridas, corrimento, inchaço, dificuldade para urinar ou dor durante o contato íntimo e, para identificar a doença correta, é necessário ir no ginecologista ou no urologista, para fazer exames específicos.
Para o tratamento, normalmente, o médico indica o uso de antibióticos ou antifúngicos em forma de comprimido ou pomadas, pois geralmente, as DST têm cura. Porém, a AIDS e a herpes, não têm cura e por isso, é importante evitar ser contaminado usando camisinha em todas as relações. A seguir indicamos os sintomas e formas de tratamentos de todas as DSTs, também chamadas de infecções sexualmente transmissíveis e doenças venéreas.
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A clamídia pode causar sintomas, como corrimento amarelado e espesso, vermelhidão nos órgãos genitais, dor na pélvis e durante ocontato íntimo, porém em muitos casos a doença não causa sintomas e a infecção passa despercebida. A doença, que é causada por uma bactéria, e pode ser causada por contato íntimo desprotegido ou través do compartilhamento de brinquedos sexuais.

Tratamento: normalmente, o tratamento é feito com antibióticos como Azitromicina ou Doxiciclina.

 
Descrição: Tudo sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis   Clamídia








A gonorreia, é uma doença causada por bactérias, também conhecida como esquentamento, que pode surgir em homens e mulheres e, é transmitida por contato íntimo desprotegido ou através do compartilhamento de brinquedos sexuais.
A bactéria, pode causar dor ao urinar, corrimento amarelado semelhante a pus, hemorragia vaginal fora da menstruação, dor abdominal, bolinhas vermelhas na boca ou dor durante o contato íntimo, por exemplo.
Como tratar: o tratamento deve ser feito com o uso de Ceftriaxona e Azitromicina e, caso não seja feito pode afetar as articulações e o sangue, podendo por em risco a vida.

 
Descrição: Tudo sobre as Doenças Sexualmente TransmissíveisGonorreia













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Esta infecção é causada pelo vírus do papiloma humano (HPV), que leva ao crescimento de lesões na pele dos órgãos genitais de homens ou mulheres que podem ter textura suave ou rugosa, cor que varia com o tom de pele e não causam dor mas são contagiosas.
Como tratar: as verrugas genitais não têm cura, pois o vírus do HPV permanece adormecido no corpo, porém existe tratamento com a aplicação de pomadas como Aldara ou Wortec sobre as verrugas. As crises podem surgir devido ao consumo excessivo de álcool, cansaço elevado e estresse.

 
Descrição: Tudo sobre as Doenças Sexualmente TransmissíveisHPV - Verrugas genitais








O herpes genital é uma doença facilmente transmissível, causada pelo vírus do herpes labial e provoca pequenas bolinhas vermelhas na pele muito próximas umas das outras, contendo um líquido rico em vírus, de cor amarelada e com vermelhidão ao redor que causa coceira, afetando principalmente as coxas, anus e órgãos genitais. Além disso, podem causar febre e dor ao urinar e corrimento no caso da mulher. Saiba todos os sintomas que o herpes genital pode causar em Veja como identificar os sintomas da Herpes Genital.
Como tratar: o tratamento deve ser feito com remédios como Aciclovir, Valaciclovir ou Famciclovir, ajudando a diminuir o desconforto causado pelos sintomas, pois a infecção não tem cura e os sintomas podem demorar até 20 dias a desaparecer.

 
Herpes genital
Descrição: Tudo sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis










A tricomoníase é causada por um parasita que causa sintomas como corrimento acinzentado ou verde-amarelado e espumoso com mau cheiro forte e desagradável, além de que poder causar vermelhidão, coceira intensa e inchaço dos órgãos genitais. Saiba como distinguir os sintomas de tricomoníase no homem e na mulher. A infecção é pouco comum e também pode ser transmitida pelo compartilhamento de toalhas úmidas, banho ou uso de jacuzzi e o tratamento é feito com a toma de Metronidazol.

 
Tricomoníase




 




A sífilis é uma doença que provoca feridas e manchas vermelhas nas mãos e pés que não sangram e não causam dor, além de poder provocar cegueira, paralisia e problemas cardíacos, sendo que a transmissão também se dá por transfusão de sangue contaminado e compartilhado de seringas ou agulhas e, os primeiros sintomas surgem 3 e 12 semanas após o contágio. Veja mais sintomas de sífilis.
tratamantos: o tratamento é feito com remédios como Penicilina G ou eritromicina e, quando feito corretamente existem chances de cura.

 
Sífilis






AIDS
A AIDS provoca sintomas como febre, suores, dor de cabeça, sensibilidade à luz, dor de garganta, vômitos e diarreia e a doença não tem cura, apenas tratamento para diminuir os sintomas e aumentar o tempo e qualidade de vida.
Como tratar: o tratamento é feito com medicamentos antirretrovirais, como Zidovudina ou Lamivudina, por exemplo, que são fornecidos gratuitamente pelo SUS. Estes medicamentos combatem o vírus e fortalecem o sistema imune, mas não curam a doença.

 
Descrição: Tudo sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis 



                                                                                                        



Como saber se tenho uma DST ?

O diagnóstico de uma doença sexualmente transmissível pode ser feito com base nos sintomas e na observação dos órgãos genitais, sendo confirmados através de exames, como o papanicolau e o teste de Shiller, Além disso, o médico pode indicar um exame de sangue para verificar a causa da doença e indicar o tratamento mais adequado.

Quando é preciso repetir os exames ?

Quando a mulher ou o homem pegou uma doença sexualmente transmissível, o médico recomenda a realização de exames médicos pelo menos de 6 em 6 meses por cerca de 2 anos, até que o resultado de 3 exames seguidos seja negativo. Durante a fase de tratamento pode ser necessário ir no médico várias vezes por mês para ajustar o tratamento e curar a doença, caso seja possível.
Formas de contágio das DSTs. As DST’S além de ser transmitidas por contato sexual desprotegido, podem ser transmitidas:
De mãe para filho através do sangue durante a gravidez, pela amamentação ou durante o parto;
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Compartilhamento de seringas;

Como não pegar uma DST?

A melhor forma de evitar ficar contaminado é usando camisinha em todas as relações, no contacto íntimo vaginal, anal e oral, pois o contacto com secreções ou com a pele pode transmitir a doença. No entanto, é fundamental colocar camisinha corretamente antes de qualquer contato.

O que pode acontecer se o tratamento não for feito?

Quando as DST’s não são tratadas corretamente podem surgir problemas mais graves como câncer do útero, infertilidade, problemas cardíacos, meningite, aborto ou malformações do feto.

Quando não diagnosticados e tratados a tempo, podem levar a pessoa portadora a ter complicações graves e até à morte;  Algumas DST, quando acometem gestantes, podem provocar o abortamento ou o nascimento com graves malformações.

Quais as conseqüências das DST?

Quando não tratadas adequadamente, as DST podem causar sérias complicações, além do risco de pegar outras DST, inclusive o vírus da AIDS. Essas complicações podem ser:

·         Esterilidade no homem e na mulher (a pessoa não pode mais ter filho);
·         Inflamação nos órgãos genitais do homem, podendo causar impotência;
·         Inflamação no útero, nas trompas e ovários da mulher, podendo complicar para uma infecção em   todo o corpo, o que pode causar a morte;
·         Mais chances de ter câncer no colo do útero e no pênis;
·         Nascimento do bebê antes do tempo ou com defeito no corpo ou até mesmo a sua morte na barriga da mãe ou depois do nascimento.

Como fazer o tratamento das DST?

Cada DST tem um tipo de tratamento e só o profissional de saúde poderá avaliar a fazer essa indicação corretamente. Fazer o tratamento certo é:

ü  Só tomar remédio indicado pelo serviço de saúde;
ü  Tomar o remédio na quantidade certa, nas horas certas e até o fim, mesmo que os sintomas e sinais tenham desaparecido;
ü  Evitar relação sexual nesse período e, se não der para evitar, só manter relações usando camisinha;
ü  Voltar ao serviço de saúde ao terminar o tratamento, para fazer a revisão (controle de cura). E as mulheres, para fazerem também o exame preventivo do câncer de colo do útero (o médico dirá se esse exame pode ser realizado);
ü  Levar o parceiro sexual para ser tratado também.

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Algumas DST são de fácil tratamento e de rápida resolução quando tratadas corretamente, contudo outras são de tratamento difícil ou permanecem latentes, apesar da falsa sensação de melhora. As mulheres representam um grupo que deve receber especial atenção, uma vez que em diferentes casos de DST os sintomas levam tempo para tornarem-se perceptíveis ou confundem-se com as reações orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige da mulher, em especial aquelas com vida sexual ativa, independente da idade, consultas periódicas ao serviço de saúde.
Certas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves como infertilidade, infecções neonatais, malformações congénitas, aborto, cancro e a morte. Num caso, a primeira recomendação é procurar um médico, que fará diagnóstico para que seja preparado um tratamento. Também há o controle de cura, ou seja, uma reavaliação clínica. A automedicação é altamente perigosa, pois pode até fazer com que a doença seja camuflada.

Como fazer a Prevenção da Dst ?


Ø  A melhor forma de prevenir a transmissão das DST é usar sempre e corretamente a camisinha em todas as relações sexuais;
Ø  Não compartilhar agulhas e seringas com outras pessoas;
Ø  No caso de necessitar receber uma transfusão de sangue, exija que ele seja testado para todas as doenças que podem ser transmitidas pelo sangue.

O preservativo, mais conhecido como camisinha é um dos métodos mais seguros contra as DST. Sua matéria prima é o látex.  Antes de chegar nas lojas, é submetido a vários testes de qualidade.  Apesar de ser o método mais eficiente contra a transmissão do vírus VIH(causador da epidemia da SIDA), o uso de preservativo não é aceito pela Igreja Católica Romana, pelas Igrejas Ortodoxas e pelos praticantes do Hinduísmo. O principal argumento utilizado pelas religiões para sua recusa é que um comportamento sexual avesso à promiscuidade e àinfidelidade conjugal bastaria para a protecção e pelo fato de que o preservativo não é totalmente eficiente contra DST.
Causas
Vários tipos de agentes infecciosos (vírus, fungos, bactérias e parasitas) estão envolvidos na contaminação por DST, gerando diferentes sintomas como feridas, corrimentos, dor ao urinar, bolhas ou verrugas

Vacina

Alguns tipos de VPH, a Hepatite A e B podem ser prevenidas através da vacina.


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CONCLUSÕES

Este estudo mostrou uma prevalência importante de sintomas de DST. Levando-se em conta que muitas DST são assintomáticas e casos sintomáticos freqüentemente não são percebidos como patológicos pelos doentes e/ou não são diagnosticados pelos serviços, considera-se que o problema é ainda maior. Os resultados contribuíram também para aprofundar a discussão sobre o fato de viver com companheiro sexual não ser fator de proteção para a presença de sintomas dessas doenças e indicaram diferenças nos fatores de risco entre os sexos, sendo necessário considerar estas peculiaridades na abordagem deste assunto.

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