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Série 2020 do Kwanza

A entrada em circulação da nova série (Série 2020) de notas do Kwanza, a 30 de Julho, não significa que o Banco Nacional de Angola (BNA) esteja a fazer uma troca da moeda, respondeu a instituição ao questionário do Jornal de Angola, enviado para aferir as diversas preocupações em voga na sociedade.
DJ JONY PY.
O BNA fez saber que as notas da Série 2012 do Kwanza continuarão a circular na economia, em simultâneo com as notas da Série 2020, até que a instituição entenda que condições concretas permitem pôr fim ao curso legal da anterior série.

O banco central informou que será anunciada, com a devida antecedência, a data em que as notas da Série 2012 deixarão de ter curso legal e, ao acontecer, as notas da Série 2012 manterão o seu valor, após esse anúncio e, ainda assim, poderão as notas ser trocadas directamente no BNA durante os cinco anos seguintes.

Na última quinta-feira, 30, o banco central colocou em circulação a primeira nota da Série 2020, com o valor facial de 200 kwanzas, sendo esse um processo que termina em Janeiro de 2021, com a introdução da nota de cinco mil kwanzas.

O banco indica que as notas actuais, em substrato de papel, apresentam um alto nível de desgaste e, além disso, o avanço das tecnologias de impressão de notas, nos últimos anos, permite dotar as novas notas bancárias de recursos gráficos e elementos mais modernos, capazes de continuar a garantir segurança à moeda angolana.

Tendo isso em conta, o BNA inovou a moeda nacional e vai continuar a introduzir, paulatinamente, as notas de quinhentos, mil e dois mil e cinco mil kwanzas. A nota de 200 kwanzas, introduzida a 30 de Julho, é de cor azul, impressa num material semelhante ao plástico (polímero) e tem como motivo principal as Pedras Negras de Pungo-A-Ndongo, uma das belezas naturais da província de Malanje.

Impressas também em polímero estão as notas de 500, 1.000 e 2.000 kwanzas. Todas as notas da Série 2020 têm a representação da figura “Pensador” numa janela transparente recortada, com a denominação de cada nota em tinta translúcida e projecção para ambos os lados da nota.
Figuras geométricas

A Série 2020 possui ainda uma segunda janela transparente, com o formato de uma figura geométrica em representação da tapeçaria tradicional, com a denominação em tinta translúcida para as notas de 200 e 500 kwanzas e um instrumento musical para as notas de 1.000 e 2.000 kwanzas. Diferente dessas características continuará a ficar a nota de 5.000 kwanzas, que continuará a ser impressa em papel (algodão), possuir um filete de segurança e um selo incrustado.

Em todas as notas, é característica comum a inscrição “Banco Nacional de Angola” no anverso (face) e reverso. Porém, no anverso das notas o motivo principal representa o primeiro presidente da República de Angola, Dr. António Agostinho Neto, que ficou no cargo de 1975 a 1979, ano em que veio a falecer, no mês de Setembro, por sinal o mesmo mês em que nasceu. 

Já no reverso das notas destacam-se a “Insígnia da República”, a figura do “Pensador” e a diversidade geográfica de Angola. Igualmente, nas notas da Série 2020 encontramos a letra integral do Hino Nacional, em micro texto.
Aquisição gratuita

As novas notas começam a ser disponibilizadas na rede de balcões dos bancos comerciais, por todo o país, e nos caixas automáticos, vulgo Multicaixa. O processo de substituição será gradual e gratuito e, portanto, as novas notas serão obtidas no decurso do próprio processo das transacções financeiras e comerciais na economia.

No novo dinheiro os utilizadores estão proibidos de escrever, agrafar, furar, rasgar, queimar ou realizar qualquer outro tipo de acto que danifique as notas, pois, diz o BNA, “desta forma as mesmas deixam de reunir os requisitos de qualidade necessários, para permanecerem em circulação”. Do mesmo modo, as pessoas são aconselhadas a evitar dobrar as notas, segurá-las com as mãos molhadas, sujas ou guardá-las em partes do corpo em que a mesma esteja em contacto directo com o suor. 

As novas cédulas devem ser preferencialmente mantidas em porta-notas. As moedas metálicas também devem ser mantidas em local seco. O uso de porta-moedas é um modo prático de as conservar e guardar. 

“Procure, sempre que possível, manter o seu dinheiro depositado nos bancos comerciais e quando tiver de realizar transacções de valor elevado utilize os cartões da rede Multicaixa ou transferências bancárias”, aconselha o Banco Nacional de Angola.

Introdução de novas notas será feita até Janeiro de 2021 

A cédula de 500 kwanzas entra em circulação a 17 de Setembro, é de cor castanha e tem como motivo principal a Fenda da Tundavala, uma das belezas naturais da província da Huíla. A de 1.000 kwanzas é introduzida a 1 de Outubro, é de cor rosa e tem como motivo principal a Monte Luvili, uma das ricas vistas encontradas no município do Alto Alma, província do Huambo.

A nota de 2.000, de cor verde, começa a circular no dia 11 de Novembro, por ocasião da comemoração dos 45 anos de Independência. A nota de dois mil tem como motivo principal a Serra da Leba, uma beleza natural que pertence à província do Namibe, mas que tem sido seriamente cobiçada pelas entidades turísticas da Huíla, por força da proximidade.

Sem data marcada, mas com uma certeza na manga (Janeiro de 2021), fica a entrada em circulação da nova nota de 5.000 kwanzas, de cor lilás e imprensa em algodão. A cédula de cinco mil kwanzas tem como motivo principal a Kulumbimbi, a primeira igreja construída na África Subsahariana por missionários católicos que faziam parte da primeira expedição portuguesa liderada por Diogo Cão, que chegou a Angola em 1482. Localizada no centro da cidade de Mbanza Congo, hoje está em ruínas, ao lado do cemitério dos reis do Congo.

A Série 2020 do Kwanza não inclui moedas metálicas, por isso as moedas metálicas da Série 2012, de todos os valores faciais, continuarão a ter curso legal, ou seja, continuarão a ser válidas e a circular.

O banco central informa, também, que se a pessoa tem dúvidas quanto à autenticidade de uma determinada nota, deve dirigir-se ao BNA, a qualquer instituição bancária ou às autoridades policiais locais, para entregar a nota suspeita e por serem essas as entidades com competência para verificar e validar a autenticidade da nota ou moeda e sobre as quais recai a obrigação legal de, caso se confirme a suspeita de falsificação, proceder à respectiva retenção.

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