CINEMÁTICA BASES DA CINEMÁTICA ESCALAR
BASES DA CINEMÁTICA ESCALAR
1. REFERENCIAL
Todo mundo já ouviu a frase: “Tudo depende do ponto de
vista”. Ela é muito verdadeira, principalmente na física. Só que tomarei a
liberdade de adaptá-la para “Tudo depende do referencial”. Mas o que exatamente
seria “referencial”?
Referencial é um corpo (ou conjunto de
corpos) em relação ao qual são definidas as posições de outros corpos
Para descrevermos os movimentos da
cinemática, precisamos de adotarmos um referencial. Nos casos unidimensionais,
trata-se simplesmente de uma reta orientada onde se escolhe a origem e a
extremidade. Observe a figura abaixo:
Na figura, percebemos que o
referencial é a linha demonstrada. Ela sempre apresentará um ponto “0”,
conhecido como Origem dos espaços. Funciona como o eixo x dos planos
cartesianos, onde tudo o que se encontra á direita apresenta valor positivo, e
o que se encontra á esquerda, negativo.
Agora vou me adiantar um pouco. Se dois
carros estão se movendo na estrada, e o referencial não for mais uma reta, mas
sim um dos carros, a situação muda. Imagine dois carros viajando lado a lado em
uma estrada, ambos com mesma velocidade. Se o meu referencial for um dos
carros, o outro nunca sai do lugar,ele estará sempre na origem dos espaços! E
ambos os carros estarão com velocidade zero em relação ao outro, mesmo que o
velocímetro marque 100 km/h! Daí a importância de se saber qual o referencial.
Mas não se preocupem, sempre que o referencial não for uma reta, ele será
especificado na questão.
2.TRAJETÓRIA
Trajetória é o nome dado ao percurso
realizado por um determinado corpo no espaço, com base em um referencial
pré-definido. Como dito anteriormente, os conceitos físicos podem mudar
absurdamente, dependendo do referencial. Observe a figura:
Na figura notamos que a caixa em queda pode
apresentar 2 trajetórias, dependendo do referencial. Por exemplo, se tomarmos o
piloto do avião como referencial, a trajetória da caixa será retilínea. Ora, o
avião e a caixa estavam acoplados, quando ela foi solta, continuaram a se mover
com mesma velocidade. Assim, toda vez que o piloto olhar para baixo, a caixa
estará na mesma direção do avião, só que cada vez mais próxima do solo. Tomando
o jovem no solo como observador, a trajetória será uma parábola, pois ele está
parado, enquanto a caixa foi arremessada para a frente pelo avião e é puxada
para a terra pela gravidade.
3. PONTO MATERIAL E CORPO EXTENSO
Um ponto é como chamamos um corpo ou objeto que estamos
estudando. Se as suas dimensões forem importantes para a questão, chamamos ele
de corpo extenso. Mas se, ao contrário, suas dimensões não influem no
exercício, poderemos desprezar suas medidas e chamamos esse corpo de ponto
material. Um carro viajando em uma estrada será tido como ponto material. Um
carro que tem de manobrar e estacionar entre dois outros é um corpo extenso;
4. TEMPO (t)
O tempo é, na física, tido como um
dos conceitos primitivos. Conceitos primitivos na física são aqueles que não
podem/ precisam de ser definidos.
O SI adota o
segundo como unidade. Porém outras são comumente utilizadas:
1 min=60 s
1 hora=60
min=3600 s
1 dia=24h=
8640 s
5.INSTANTE E INTERVALO
DE TEMPO (Δt)
Instante de tempo é o valor do tempo no
momento em que eu faço a pergunta. É como se você perguntasse as horas para
alguém na rua, ou perguntasse para o seu colega que horas começou o jogo, ou
que horas será a próxima aula de física.
O instante é determinado por uma quantidade
que simbolizaremos por “t”. Nos exercícios e física, chamamos sempre t0 o tempo
em que o evento se iniciou. É a origem dos tempos. Chamamos de t1 o evento de
interesse que aconteceu depois da origem dos tempos
Intervalo de
tempo já representa a quantidade de tempo decorrida entre t0 e t1 , e é
representado pelo símbolo Δt (delta t) .Por exemplo: Um carro iniciou viagem às
12:00 hrs e chegou no destino às 17:00 hrs. Então, o t0 = 12:00 hrs, t1 = 17:00
hrs e Δt = 12 – 17= 5 hrs.
Logo: Δt= t1
- t0
6.ESPAÇO (s) E DESLOCAMENTO (Δs)
Para entendermos esse conceito,
primeiro precisamos definir a trajetória de um corpo. Falamos já sobre ela na
parte de referencial, lembra?
Pois bem,
espaço é a grandeza que determina a posição de um móvel numa determinada
trajetória, a partir de uma origem arbitrária (origem dos espaços). As unidades
de espaço são: cm, m, km, etc. O símbolo de espaço é “s”. Veja abaixo:
Na figura, temos uma trajetória dada pela linha
vermelha, com origem dos espaços e sentido para a direita. Assim, o espaço do
carro no instante t=2s é 3 m, enquanto que no instante inicial t0 o seu espaço
é -2m. Importante: nem sempre t0 estará na origem dos espaços!
O deslocamento já é a variação dos espaços,
e é representado pelo símbolo Δs. Por exemplo, o deslocamento do móvel do
instante t0=1s e t1=2s é: Δs= s1-s0= 3-0=3 m. Já o deslocamento do instante
t0=0 a t1=3 será: Δs= s1-s0 = 6-(-2) = 8 m
Note que, se
a posição inicial e a final coincidirem, como em uma volta em uma pista
circular, o deslocamento será zero. Se a partícula mover-se no sentido da
trajetória, s1 será maior que s0 e Δs será positivo. Se mover-se em sentido
contrário, s1 será menor que s0 e o Δs, negativo.
7.DISTANCIA PERCORRIDA :Enquanto que no deslocamento consideramos a
posição final menos inicial, para calcularmos distância percorrida nos
preocupamos com a trajetória. Veja a figura abaixo:
Considere
sA=0km e sB=30Km
Diferentemente
do deslocamento, que bastaria saber a posição final e subtrair da inicial, para
definirmos a distância precisaremos levar em conta as tortuosidades da
trajetória. No caso, o valor da distância percorrida é
50km,
enquanto o deslocamento é apenas 30 km. Outro exemplo:
Neste
segundo caso, o deslocamento da partícula seria: Δs= s1 - s0 = 3 - (-2) = 5. Já
a distância percorrida seria: |Δs| = |sida| + |svolta |= |6 –(-2) | + |6-3 | =
11. As barras verticais indicam que, se o resultado da operação for negativo,
trocarei o sinal para positivo. Em suma, na distância percorrida não me
preocupo com o sentido da trajetória, considero todos os valores como
positivos. A distância percorrida é uma grandeza escalar, enquanto que o
deslocamento é vetorial.
8.MOVIMENTO E REPOUSO
Dizemos que uma partícula está em movimento
quando sua posição muda com o passar do tempo, para um dado referencial. Quando
a partícula assume sempre a mesma posição com o passar do tempo, dizemos que ela
está em repouso (parada). Novamente reforço a importância do referencial para a
física. Observe a figura acima. Se o meu referencial é a estrada, ou uma pessoa
parada na rua observando esses carros, podemos dizer que eles estão em
movimento. Contudo, se eu tomar o carro vermelho como referencial, e assumir
que os dois carros estão com a velocidade sempre igual, diremos que o carro
azul está em repouso, e vice-versa. É o que ocorre quando, em uma viagem, você
está atrás de um carro e nem ele nem você mudam a velocidade: a sensação é de
que o carro na frente está parado. Lembrando que esses conceitos são
simétricos: Se o carro vermelho está em movimento em relação ao azul, o azul
está em movimento em relação ao vermelho.
9.VELOCIDADE MÉDIA E ESTANTÂNEA
.
De acordo com elas, um carro partiu
às 6hrs da manhã de uma cidade situada no km 10 de uma rodovia. Continuando a
viagem, o carro chegou ás 10 horas da manhã na outra cidade, que está no km
250. Assim, podemos dizer que o deslocamento do veículo foi de 240 km (250km
-10km), durante um intervalo de tempo de 4 horas (10h-6h). Dessa forma, podemos
afirmar que, em média, a variação do espaço foi de 60km por hora (240km/4h). Essa
grandeza é chamada de velocidade média, e definida por vm . Assim, enunciamos:
A unidade no SI é m/s (metros/ segundo). Contudo, km/h é
comumente utilizado também. Eventualmente, a questão pode misturar dados com
unidades diferentes. Logo, precisamos saber converter essas duas unidades entre
si:
Essa velocidade média pode assumir ainda
valores positivos e negativos. Se o movimento se dá no sentido da trajetória, a
variação dos espaços será positiva e, consequentemente, a velocidade também.
Chamamos isso de movimento progressivo. Se o móvel se desloca contra a
trajetória, teremos velocidade negativa e O movimento será retrogrado
No primeiro exemplo do tópico,
obtivemos Vm=60km/h. Isso não significa que o carro percorreu necessariamente
60 km em cada hora. Obviamente, ele não manteve o mesmo valor de velocidade
toda a viagem. Pode ser que ele tenha percorrido 80km na primeira hora, 50 km
na segunda, 40 km na terceira, 70 km na quarta. Por isso, dizemos que
percorreu, em média, 60 km em cada hora. Contudo, se em um dado momento da
viagem, o motorista olhar para o velocímetro, ele encontrará um valor. A esse
valor em determinado instante “t” do movimento, chamamos de velocidade
instantânea
10.ACELERAÇÃO MÉDIA E INSTANTANEA
Quando estamos em uma viagem em
família e o motorista está muito devagar, o que falamos? “acelera ai!” Logo
intuitivamente você tem uma noção do que seja aceleração: é algo que modifica a
velocidade. Contudo, erroneamente você acredita que aceleração só se aplica
para aumentar a velocidade, mas na verdade quando reduzimos, também temos
aceleração. Podemos definir então aceleração como:
Aceleração: variação das velocidades
instantâneas ocorrida por unidade de tempo, para um dado intervalo.
Logo: Sua
unidade, no SI, é m/s², mas também pode aparecer km/h²
am=
Vamos a um
exemplo:
Um automóvel
move-se sobre uma estrada de modo que ao meio dia (t1 = 12h) sua velocidade
escalar é v1 = 60 km/h e às duas horas da tarde (t2 = 14h) sua velocidade
escalar é v2 = 90 km/h.
No caso, percebemos que a velocidade
variou, como esperado em uma viagem. Isso significa que há aceleração, que é
dada pela variação da velocidade (v2 - v1 = 90 – 60 = 30) pela variação do
intervalo de tempo (t2-t1=14h-12h=2h), e seu valor é 15km/h2 (30/2). Neste caso
vimos um movimento em que a velocidade aumenta com o tempo. Logo, a aceleração
é positiva e temos um movimento acelerado
Mais um
exemplo:
Perceba que o carro está reduzindo a
velocidade. Isto também é aceleração, pois varia a velocidade, só que teremos
agora uma aceleração negativa. Imagine que passaram-se duas horas de A até C.
Assim, a
aceleração no intervalo AC será: 20km/h – 60km/h / 2 hrs = -20km/h²
O sinal
negativo da aceleração indica que o carro está freando, e ela está trabalhando
contra a velocidade. Temos então um movimento retardado. Para fixar:
Carro em
movimento acelerado e caminhão em movimento retardado.
IMPORTANTE:
Para ser
acelerado, a velocidade e a aceleração devem ter o mesmo sinal
Para ser
retardado, velocidade e aceleração devem ter sinais contrários
A aceleração instantânea é análoga á
velocidade instantânea: trata-se da aceleração em um instante determinado, ada
pela variação da velocidade instantânea.
TIPOS DE MOVIMENTO:
ACELERADO, RETARDADO E UNIFORME
Enfim, entramos no último tópico antes de
iniciarmos o estudo da mecânica/cinemática em si. Você já percebeu que um
objeto qualquer, seja um carro, um avião, ou uma pessoa, podem estar em repouso
ou em movimento, de acordo com o seu referencial. Quando ele está em movimento,
ele pode se mover sempre com velocidade constante ou pode variar a sua
velocidade, aumentando-a ou diminuindo. No primeiro caso, temos o chamado
movimento uniforme, enquanto no segundo, temos movimento uniformemente variado,
podendo ser acelerado ou retardado.
|
|
|
Grandezas
básicas
v
x
t m =
D
D
(m/s)
a
v
t
= D
D
(m/s2)
1 3 6
m
s
km
h
= ,
1h = 60 min =
3600s
1m = 100 cm
1km = 1000 m
|
M.U.
rDx = v.t v = constante
M.U.V.
Dx v t
at
o = . +
2
2
v v a t o = + .
v v a x o
2 = 2 + 2. .D
v
v v
m
= + o
r 2 a = constante
|
M.Q.L.
Dh v t
gt
o = . +
2
2
h
v
g max
= o
2
2
t
v
g h max
o
_ =
|
M.C.U.
v = w . R
(m/s = rad/s.m)
w = p = p 2
2
T
. f
a
v
R
R c = =
2
w 2
.
f
n voltas
t
= º
D
(Hz)
T
t
n voltas
= D
º
(s)
|
Exercicios
Velocidade média e velocidade instantânea
a) Um automóvel passou pelo marco 100 km de uma estrada às 13 h. Às
15 h, ele
estava no marco 260 km. Qual foi a velocidade média do
Automóvel
neste trecho de estrada?
b) Um carro de Fórmula 1 descreve um movimento em que sua
velocidade
instantânea
é de 288 km
h
.
Determine o valor da velocidade
em ms
c) Um barco é erguido
24 m no
interior de um eclusa, num
intervalo
de tempo de 40 min. Sua
velocidade
média de ascensão é:
MOVIMENTO UNIFORME
1.
DEFINIÇÃO
Como dito na outra seção, movimento
uniforme é aquele cuja velocidade nunca varia, ela se mantem constante e
diferente de zero (se for zero é repouso, não movimento). Isso significa que
não existe aceleração nesse movimento!
Essa imagem
mostra bem o que acontece: ocorrem sempre as mesmas variações de espaço por
cada segundo!
Agora, precisamos atentar que o movimento
uniforme serve para qualquer tipo de trajetória, tanto reta quanto curvilínea.
Sendo assim, teremos basicamente dois tipos de movimento uniforme: o retilíneo
(cuja sigla é MRU- movimento retilíneo uniforme) e o curvilíneo (MCU- movimento
curvilíneo uniforme). Ambos apresentarão velocidades constantes, por serem
uniformes. Vamos trabalhar cada um separadamente
M.R.U.- MOVIMENTO RETILINEO UNIFORME
Então para finalizar: MRU é um movimento
uniforme (v constante) cuja trajetória é uma reta. Lembrando ainda que o MRU
pode ser progressivo (“para frente”, à favor da trajetória) ou retrogrado
(“para trás”, contra o sentido da trajetória), onde o primeiro apresenta
velocidade positiva e o segundo, negativa:
Não confunda
com posição negativa! Se o móvel vai da posição -5 para -2, ele é progressivo!
Apesar de estar na parte negativa da trajetória, ele está caminhando para a
origem, “para frente”!
REPRESENTAÇÕES GRAFICAS:
2.1.
GRÁFICO VxT
Podemos representar o M.R.U. graficamente de
duas formas. A primeira, mais fácil e obvia, é o gráfico velocidade por tempo.
Ora, sabemos que a velocidade dos movimentos uniformes é constante. Logo,
teremos essa forma de gráfico:
O gráfico
VxT será sempre uma reta paralela ao eixo x, pois a velocidade não varia!
Agora,
lembra que ele pode ser progressivo (v>0) ou retrogrado (v<0)? Logo:
Um dado
interessante é que a área sobre o gráfico é equivalente à distância percorrida:
FUNÇÃO
HORARIA – GRAFICO SxT
Essa é a
segunda forma de se representar, agora em um gráfico posição por tempo. Só que
eu não apresentei uma formula para vocês em função de “s”, só em função de “v”.
Então como construir um gráfico em função da posição? Simples, basta
transformar a nossa clássica formula:
ΔS = v. t onde ΔS =
S - So ; substituindo, teremos: S – So = v . t ==> S = So + v . t
Chegamos
então na clássica fórmula do sorvete
Percebam q
ela é igual à função de 1° grau da matemática, y=ax+b, com “s” equivalendo a
“y”, “v” igual a “a”, “t” a “x” e “s”.
Logo, já
podemos inferir que a reta sempre corta o eixo das ordenadas no ponto “So”.
Além disso, se o movimento for progressivo, teremos V>0 e o gráfico fica
positivo. Quando o movimento for retrogrado, teremos v<0, e o gráfico fica
negativo. Veja os exemplos
adiante:
Exemplo de
função horaria. Se o móvel não sair da origem dos espaços, a reta não sai do
ponto (0,0) do gráfico, mas vai cortar o eixo das abscissas no ponto da posição
inicial
A seguir,
exemplo de movimento progressivo (gráfico da esquerda) e retrogrado (gráfico da
direita
Isso é tudo
que nos interessa saber para realizar os principais exercícios de provas sobre
MRU! Vamos testar então o que aprendemos?
ATIVIDADES
Um móvel
realiza um movimento uniforme e seu espaço varia com o tempo segundo a tabela:
a)
Classifique o movimento dizendo se é progressivo ou retrógrado. b) Calcule e
velocidade escalar do móvel. c) Qual é o espaço inicial do móvel. d) Escreva a
função horária dos espaços. e) Construa o gráfico s x t.
RESPOSTA:
a) O
movimento é retrógrado pois os espaços s decrescem com o decorrer do tempo. b)
v = Δs/Δt0=> v = (17-20)/(1-0) => v = -3 m/s c) Para t = 0, temos s0 = 20
m d) s = s0 + vt => s = 20 - 3t (SI)
2) Dois
automóveis, A e B, deslocam-se numa pista retilínea com velocidades escalares
vA = 20 m/s e vB = 15 m/s. No instante t = 0 a distância entre os automóveis é
de 500 m. Qual é a distância que o carro que está na frente percorre, desde o
instante t = 0,
até ser
alcançado pelo carro de trás? Considere os carros como pontos materiais. RESPOSTA: 1500 m
3) Um trem
de 300 m de comprimento atravessa completamente um túnel de 700 m de
comprimento. Sabendo se que o trem realiza um movimento uniforme e que a
travessia dura 1 minuto, qual é a velocidade do trem, em km/h? Resposta: 60 km/h
4) Um
ciclista realiza um movimento uniforme e seu espaço s varia com o tempo
conforme indica o gráfico. Determine o espaço inicial s0 e a velocidade escalar
v.
Respostas:
-10 m e 5 m/s
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