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funcionamento linguisticos e ciências social



Imagem relacionadaNo início do século XX, a Linguística, foi marcada por uma inovação metodológica, pois antes do século XIX, ela não havia ainda adquirido caráter científico. Só a partir daí - do século XX - é que os fatos linguísticos passaram a ser relevantes no seu aspecto funcional, e a Linguística, enfim, passou a dar prioridade à língua falada, preocupando-se em analisá-la, em todos os seus aspectos, como ela se manifestara em determinada época. Com o desenvolvimento das teorias e o progresso do método comparativista do século XIX, os estudos lingüísticos (do século XX) adotaram uma nova orientação e uma nova atitude com relação ao enfoque e ao objeto de estudo da lingüística, surgindo, nesse sentido, várias correntes lingüísticas. Sendo que, destas várias correntes lingüísticas surgidas durante a primeira metade do século XX, as mais importantes foram três, que são: Estruturalismo, Gerativismo e Funcionalismo.

Mas, o objetivo do presente artigo, é tratar, de forma sucinta, do Funcionalismo linguístico e, mais especificamente, acerca das funções da linguagem.
A corrente linguística funcionalista ou Funcionalismo Lingüístico nasceu dos trabalhos dos membros do Círculo Lingüístico de Praga que apresentaram, como idéia geral, a noção de que a estrutura das línguas é determinada por suas funções (Paveau; Sarfati, 2006). Sendo, portanto, os termos "função" e "funcionalismo" decorrentes da Escola Lingüística de Praga, onde a interpretação desses vocábulos tornaram;se uma tarefa complexa, haja vista que, o conceito é aplicado a variados domínios e fenômenos

da linguagem, sofrendo modificações. O conceito de funcionalismo, em lingüística, está ligado à escola mencionada, contudo, após algum tempo, ele desenvolveu seus próprios pressupostos, tomando "vida própria e independente" (Neves, 1997, p. 112).
Assim sendo - deste modo - na perspectiva funcionalista, a língua é vista como um instrumento de interação social, cuja principal função é promover a comunicação, dando prioridade ao estudo dos princípios e estratégias que governam o uso comunicativo natural, sendo as expressões lingüísticas estudadas a partir de suas ocorrências em situações contextuais bem definidas. Assim, o estudo da estrutura da língua deve ser feita dentro do quadro do uso comunicativo da língua. Para Neves (1997:16), uma "gramática funcional tem sempre em consideração o uso das expressões lingüísticas na interação verbal, o que pressupõe uma certa pragmatização do componente sintático-semântico do modelo lingüístico." Em resumo, o paradigma funcionalista enfatiza a interação verbal, a performance e o papel da experiência e do meio físico para a explicação dos fenômenos lingüísticos.

Pois bem, nenhum acontecimento de linguagem tem uma função total e é exclusivista. Os usos da linguagem se distinguem - e mudam - por uma distribuição diferente das diversas funções de acordo com uma hierarquia na qual algumas funções ocupam uma posição mais proeminente. Assim, uma poesia ou um poema, que é marcada, pela função poética pode também apresentar as funções metalingüística, conativa ou referencial.

A teoria das funções da linguagem apresenta um olhar sobre o fenômeno lingüístico que transcende a descrição de seus elementos, integrando os fatores funcionais em suas pesquisas. Sendo que um dos objetivos principais da abordagem funcionalista é verificar o modo como determinada língua é usada por seus falantes para fins de comunicação, ou seja, as funções por ela exercidas a fim de atingir os seus próprios propósitos e intenções no momento da enunciação.

A princípio, foram atribuídos outros sentidos ao termo "função" empregado na teoria funcionalista. Nichols (1984. apud. Neves, 2004:6), distingue, então, cinco sentidos empregados a esse termo: a) função como sinônimo de interdependência; b) função como sinônimo de propósito; c) função como sinônimo de contexto; d) função como sinônimo de relação; e) função como sinônimo de significado. O autor nota ainda que "a maioria das obras funcionalistas usa função apenas nos sentidos de propósito e de contexto, e não distingue entre os dois" (p. 101. apud. Neves, 2004:7).

O funcionalismo linguístico considera a linguagem sob uma perspectiva interacional e incorpora, assim, as intenções comunicativas dos interlocutores às descrições. Essa corrente teórica, uma das mais influentes das áreas de Letras e Linguística, é esmiuçada por autores renomados do Brasil e do exterior nesta obra dividida em dois volumes - o primeiro de natureza teórica e o segundo com base descritiva. Neste primeiro volume, Ataliba T. de Castilho, Mário Eduardo Martelotta, J. Lachlan Mackenzie, Kees Hengeveld, entre outros importantes linguistas, discutem diversas questões ligadas ao estudo da linguagem pelo viés de teorias funcionalistas - muitas vezes dialogando com outras abordagens teóricas -, promovendo e ampliando, assim, o debate na área acadêmica e contribuindo para divulgar as novas tendências teóricas e desenvolvimentos da pesquisa sobre o funcionalismo. A obra destina-se tanto a alunos de graduação, pós-graduação e professores-pesquisadores dos cursos de Letras quanto a estudantes e profissionais de outras áreas correlatas que tomam a linguagem como objeto de estudo e reflexão.

O que são as Ciências sociais

As ciências sociais são uma ampla área de estudos voltada a entender a forma defuncionamento, desenvolvimento e organização das sociedades.
Nas ciências sociais são estudados todos os aspectos importantes relacionados a uma sociedade: suas origens, processos históricos, funcionamento, aspectos de desenvolvimento, transformações sociais, conflitos, características culturais e hábitos
Ciências Sociais é um ramo das ciências, distinto das humanidades, que estuda os aspectos sociais do mundo humano, ou seja, a vida social de indivíduos e grupos humanos. Isso inclui antropologia, sociologia, ciência política, estudos da comunicação, marketing, administração, arqueologia, geografia humana, história, , ciência da religião, contabilidade, economia, direito, psicologia social, filosofia social, e serviço social.

Qual a área de estudo das ciências sociais?

As ciências sociais trabalham com a investigação e a pesquisa sobre os diversos aspectos relacionados ao comportamento humano ao longo do tempo e como esses comportamentos podem influenciar a estrutura de uma sociedade.
Para compreender o funcionamento da sociedade, além de estudar os fenômenos sociais atuais, também são estudadas as origens históricas da sociedade, os processos de desenvolvimento e os diversos comportamentos humanos.
Estuda-se  como os aspectos sociais de um local influenciam e individualizam a identidade de uma determinada sociedade. São pesquisados os acontecimentos sociais, comportamentos individuais e coletivos, identidades do povo, hábitos culturais, familiares e econômicos.

As três áreas de estudo das ciências sociais
As ciências sociais abrangem três diferentes áreas de estudo: a antropologia, a sociologia e a ciência política.

Antropologia: estuda as características da sociedade, como os hábitos culturais, religiosos, econômicos e as estruturas familiares.
Sociologia: estuda o funcionamento dos relacionamentos sociais entre os indivíduos que fazem parte de uma sociedade.
Ciência política: estuda o funcionamento da política, as ideologias, os regimes e sistemas de governo e a forma como se desenvolvem as relações de poder.
Estas áreas de estudo, cada uma com suas particularidades, buscam compreender os diferentes aspectos sociais para poder entender as diferenças da realidade humana dentro de um determinado contexto social.
Qual a importância das ciências sociais?
A existência das ciências sociais é importante para ajudar a compreender melhor o funcionamento de uma sociedade, sua diversidade cultural e o modo de comportamento dos indivíduos, como seres que fazem parte de um grupo social.
Isto é importante para interpretar melhor as diferentes realidades sociais existentes, assim como para entender quais são os valores morais e sociais que fazem parte de um determinado contexto social. Da mesma forma, os estudos das ciências sociais são importantes para compreender os ciclos históricos e as transformações sociais que acontecem ao longo do tempo.
Os resultados destes estudos podem ser usados para muitas finalidades. Por exemplo: na avaliação de atividades dos governos, em projetos educacionais, na implementação de políticas públicas, em pesquisas de mercado, na política e em projetos sociais.
Classificação das ciências
Diferenciam-se das artes e das humanidades pela preocupação metodológica. Os métodos das ciências sociais, como a observação participante e o survey, podem ser utilizados nas mais diversas áreas do conhecimento, não apenas na grande área das humanidades e artes, mas também nas ciências sociais aplicadas, nas ciências da terra, nas ciências agrárias, nas ciências biomédicas etc.
Embora polêmica, é comum a distinção entre ciências exatas e ciências humanas.

História
As ciências sociais surgiram na Europa do século XIX, mas foi no século XX, em decorrência das obras de Marx, Durkheim e Weber que as ciências sociais se desenvolveram. O carro-chefe foi a sociologia: neologismo criado pelo francês Comte, seu primeiro professor.
Durkheim e seus pares se esmeraram na busca de regras de método que elevassem ao status científico o conhecimento sobre a sociedade. Marx, ao contrário, mal visto pelos seus pares, foi encontrar na classe trabalhadora sua identidade. As atrocidades das relações de trabalho da época fizeram com que ele atribuísse a esse grupo social, assim definido em relação ao sistema econômico capitalista, ora a força da transformação da sociedade, ora apenas uma peça do complexo quebra-cabeças da história. No meio-termo entre o academicismo e o militantismo, está a participação de Weber, para quem a ciência e a política são duas vocações distintas. Distintas, mas comensuráveis: ele próprio teórico da burocracia e do processo de modernização, contribuiu para a burocratização e modernização da Alemanha, ocupando cargos políticos.





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